quarta-feira, 30 de julho de 2008

Democracia sem escolaridade?

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou resultado de uma pesquisa interna, segundo a qual, num eleitorado de 127,4 milhões, que é o brasileiro, 51,5% dos eleitores não conseguiram concluir o ensino fundamental ou sabem apenas ler e escrever precariamente. Dentro desse percentual, 8,2 milhões são analfabetos puros. Como sempre, o Nordeste apresenta a mais alta taxa de analfabetismo e baixa escolaridade, segundo o TSE: 70% desses 8,2 milhões. Trata-se, como se vê, de estatística vergonhosa, mas que serve para explicar o retardo político-administrativo em que tem vivido o país, com seus governos estatizantes, e a incapacidade da população para reagir a certos absurdos que acontecem, no âmbito dos três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Somos subdesenvolvidos porque o nosso povo é subdesenvolvido. O crescimento econômico não é a causa da prosperidade das nações, e sim o IDH alto da população, índice esse que traz, na sua composição aritmética, um peso maior para a escolaridade popular. A lógica dessa afirmação explica-se pelo fato de todos os países emergentes que estão dando certo, terem qualificado a sua educação e ampliado radicalmente o número de anos de estudo da população. Haja vista o que se passa na Coréia do Sul, na Índia, em Cingapura, no Chile, em Taiwan, países que há 40 anos passados estavam todos abaixo do Brasil em índices de prosperidade, e que, hoje, nos fazem comer a poeira das suas disparadas desenvolvimentistas. Somos uma república, mas não temos conseguido ser uma autêntica democracia, eis que a insuficiente instrução popular impede a participação cidadã da sociedade nas tomadas de decisão de interesse nacional. Os burocratas e tecnocratas se têm substituído à chamada vontade popular e os que dizem representantes do povo, quase sempre movidos menos pelo civismo e pela ética, e mais pela vocação de fazer fortuna rápida e fácil, criam as condições para que o populismo voraz, se fortaleça e perpetue no poder. Porque a democracia moderna depende de uma cidadania participante e consciente, para robustecer-se e poder prestar serviços qualificados à sociedade como um todo. Numa sociedade verdadeiramente democrática não poderia haver as vergonhosas taxas de analfabetismo no eleitorado, como essas denunciadas pelo Tribunal Eleitoral até porque são os analfabetos, detentores da maioria dos votos, que acabam elegendo presidentes, governadores, prefeitos e parlamentares neste macunaímico Brasil das contradições. A república pode fazer-se com analfabetos, a democracia, jamais. Se o governo sabe disso tudo, porque não age para, no curto e médio prazos, pôr um paradeiro nessa trágica realidade? Sobretudo, por tratar-se de um governo que, durante dezenas de anos, quando era oposição, vendeu a idéia de que não se resolvia o problema educacional da nação, porque a manutenção da ignorância geral convinha à elite no poder? E quando viram governo, o que impede a mobilização dos meios para o combate às desescolaridade popular, notadamente no Nordeste? Por que não se monta uma cruzada em favor da extirpação do analfabetismo do cenário nacional, com centenas de milhares de professores atuando num megaprotesto voltado para isso? É de crer-se que um esforço ciclópico, como esse, custaria tanto ou menos do que a verba gasta com essas bolsas disto e daquilo, que tem a ver mais com caridade, do que com projeto social propriamente dito?
(Paulo Nathanael Pereira de Souza - Doutor em Educação e presidente do Conselho de Administração do CIEE)

Faculdades oferecem de tudo para laçar alunos

Metade das vagas oferecidas pelas instituições de ensino superior privadas estão ociosas. Depois de um áureo período de crescimento, atendendo à demanda reprimida dos brasileiros que tinham como sonho o diploma de curso superior, a explosão do número de faculdades nos últimos anos começa a provocar um efeito bumerangue, voltando-se contra o próprio setor de ensino. Das 2,3 milhões de vagas ofertadas pelas faculdades privadas em todo o país, 1,15 milhão, exatamente a metade do total, não foi preenchida. Em Minas Gerais, o quadro é um pouco melhor, mas não menos grave. Das 237,54 mil vagas disponíveis em instituições de ensino particulares, apenas 133,21 mil ou 56,07% foram ocupadas por novos alunos. Os dados referem-se ao ano de 2006 (os últimos disponíveis) e foram colhidos pelo Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Como o número de faculdades particulares não pára de crescer, a situação atual deve ser ainda mais grave. Leia mais:
Fusões marcam nova fase do mercado da educaçãoVale tudo para inflar vestibularNesse cenário de sobra de vagas, as faculdades, que já foram alvo de disputa dos alunos, com listas enormes de candidatos inscritos e de excedentes na fila de espera, sedentos por uma cadeira na sala de aula, tiveram que mudar o foco e arregaçar as mangas para capturar o aluno, hoje jóia preciosa no mercado. Nessa briga de gladiadores por um mercado que movimenta mais de R$ 20 bilhões por ano, vale tudo para “laçar” o estudante. Imaginação e criatividade não faltam. Inscrição para o vestibular doando apenas um quilo de alimento, vestibulares com várias chamadas, ingresso na faculdade por análise de currículo ou vestibular agendado, descontos para estudantes vindos de outras escolas e para quem indicar outros alunos, oferta de curso de português e matemática grátis antes da prova e até reversão da taxa do vestibular para o programa Criança Esperança. Como se não bastasse, a prática tão disseminada entre as operadoras de telefonia celular para tirar clientes da concorrência começa a aparecer no setor de ensino, provocando polêmica no setor. Para Henrique Pinto dos Santos, superintendente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), chegou a hora da verdade. “O segmento experimentou um crescimento vertiginoso até o fim de 2004. Depois, entendeu-se que o setor educacional poderia ser atrativo e, como todo ramo da economia, criou condições para investimentos. Com a oferta bem maior que a demanda, estamos num momento de maturação do setor, provocando o aumento de fusões e aquisições. Até para fazer parte desse cenário tem que estar forte, e as faculdades de pequeno porte, focadas”, analisa. “O aluno não quer ir só pelo curso, quer uma instituição que realmente ofereça aquilo que ele se propõe a fazer. O ensino à distância também é um segmento que cresce de forma exponencial, pois a faculdade deixou de ter fronteira”, diz. Marcos Facó, superintendente de Marketing da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também considera o cenário crítico das faculdades privadas como conseqüência do binômio oferta e procura. Ele, observa, porém, que isso é realidade em determinados tipos de instituições de ensino. “Nas escolas públicas, a demanda é sempre maior que a oferta. Em instituições privadas de alto padrão, como é o nosso caso, o do Ibmec e o da PUC, também é um pouco diferente. A procura é sempre maior que o número de vagas e não vamos aumentar a oferta, pois estamos focados na qualidade”, ressalta. “Em instituições de massa, porém, estão, realmente, em busca de massa e numa verdadeira guerra de preços, pois a oferta é bem maior que a demanda. Elas passam por um processo de profissionalização, mas com foco no varejo”, diz. Para ele, a tendência é de consolidação do setor. “O cenário atual não mostra claramente o final desse processo. Estamos no início. A educação está passando por transformação no seu mercado e na forma de atuação, com a globalização do ensino. E isso está ocorrendo também nos Estados Unidos e na Europa”, observa.

Falta professor especializado porque carreira não é valorizada, diz educadora

A falta de professores em sala de aula para disciplinas específicas como filosofia, sociologia, física e química é resultado da desvalorização da carreira do magistério. A avaliação foi feita pela diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Juçara Vieira, em entrevista à Agência Brasil.
“Nós temos esse problema na educação brasileira que é o afastamento da juventude da área de formação em educação. Os cursos de pedagogia e outros da área da licenciatura não têm atraído a juventude”, afirmou a educadora.
O Congresso Nacional aprovou duas leis que incluem, no currículo da educação básica, as disciplinas de música, filosofia e sociologia. Mas a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes) já apontou em estudo que não há profissionais suficientes para atender a nova demanda. Como já acontece com a física e com a química, será necessário colocar em sala de aula professores formados em áreas correlatas, como história e ciência política.
“Isso é comum e lamentável porque em outras áreas não se improvisa. Não se improvisa na medicina, não se improvisa na engenharia e não se pode improvisar na educação. Às vezes, a pessoa [professor] tem a maior boa vontade, mas não domina aquele conteúdo, é importante que o profissional seja devidamente habilitado para aquele componente curricular”, observou Juçara.
Para a representante da CNTE, a aprovação do piso salarial nacional dos professores, no último dia 2, pode fazer com que a carreira volte a ser atraente. Mas ela alerta que é necessário um “amplo esforço” para garantir a formação em instituições públicas de ensino superior.
“Como os salários são baixos, cria-se um círculo vicioso: as pessoas não estudam porque têm baixos salários e não há vagas suficientes nas universidade públicas. E, não estudando, elas também não qualificam a educação”, concluiu. Segundo Juçara, as iniciativas do governo federal para ampliar a formação de profissionais na rede pública de ensino superior ainda são insuficientes. Ela avaliou que a “pulverização de disciplinas”, não necessariamente, implica em melhoria da educação e acaba gerando uma demanda de profissionais que, nem sempre, estão disponíveis. Para a educadora, há um excesso de projetos de lei para criar novos componentes curriculares.
“Nós acreditamos que se a escola tiver uma grande autonomia em relação ao currículo, ela pode inserir o conteúdo sem criar novas disciplinas. Fragmentar o currículo não significa avançar na educação”, opinou. A inclusão de novos componentes deve também respeitar as necessidades de cada região, de acordo com Juçara. “Em uma comunidade fronteira, é interessante que se invista em línguas estrangeiras.”

Professores especialistas: precisa ser 20 vezes maior

O Brasil precisa aumentar em 20 vezes a quantidade de professores formados por ano para dar aulas de filosofia e sociologia, constata estudo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes). O aumento do número é necessário porque o Congresso Nacional aprovou, no primeiro semestre, a inclusão dessas disciplinas nos currículos escolares.Hoje, as universidades formam 2.884 docentes de filosofia e 3.018 de sociologia anualmente. O diretor de educação básica da Capes, Dilvo Ristoff, explica que, para atender à nova demanda, seria preciso aumentar as quantias para 57.680 e 60.360, respectivamente.“Como não houve obrigatoriedade do oferecimento dessas disciplinas nos últimos anos, isso também desestimulou a formação de professores nessas áreas nas universidades”, diz Ristoff.A estimativa da Capes é que os 24.131 estabelecimentos de ensino médio do país vão necessitar de 107.680 docentes em cada uma das disciplinas. Atualmente, existem 31.118 professores dando aulas de filosofia. Desses, apenas 23% têm formação específica. Na sociologia, são 20.339 profissionais atuantes, sendo que 88% não têm estudo específico.A demanda foi calculada considerando uma carga horária de 20 horas semanais para cada professor, em turmas de 30 alunos. “Se a gente ainda levar em conta que 50% dos que se formam tendem a exercer outras profissões, a gente chega ao dramático número de 40 vezes mais graduados por ano”, estima Ristoff.Para resolver a questão emergencialmente, Ristoff acredita que serão colocados em sala de aula docentes de áreas ligadas à filosofia e à sociologia. O problema já afeta as disciplinas de química e física, que não tem professores formados por ano suficientes. “Estamos, inclusive, revendo os planos orçamentários para 2009. Vamos ter que chamar todas aquelas pessoas que têm uma formação correlata como história, ciência política e a sociologia pura, sem a licenciatura, para atender a lei”, afirma.

A Universidade do MST

Embora seja uma entidade que não tem existência legal - o Movimento dos Sem-Terra (MST) continua recebendo cada vez mais recursos do governo para a formação de assentados. Quando o presidente Lula tomou posse, em 2003, existiam 13 cursos universitários para assentados, todos na área pedagógica, e 922 alunos matriculados. Hoje são 3.649 estudantes em 49 cursos que vão da agronomia ao direito, passando por ciências sociais e geografia. Com 54 integrantes, a maioria vinculada ao MST, a primeira turma de engenheiros agrônomos, aprovada por um desses cursos, se forma esta semana.Os cursos para assentados estão subordinados ao Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), vinculado ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Esse programa foi criado em 1998 pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, com o objetivo de "ampliar os níveis de escolarização formal dos trabalhadores rurais assentados". Em seus primeiros anos de funcionamento, o Pronera foi dedicado a projetos de alfabetização, ensino fundamental e ensino profissionalizante. A partir de 2003 - no governo Lula - a prioridade foi para o ensino universitário. Em 2003, o Pronera recebeu R$ 9 milhões. Em 2008, o programa tem um orçamento de R$ 54 milhões, dos quais mais da metade é destinada à educação superior. Além desses recursos, o governo repassa R$ 4 milhões para bolsas de pesquisa. Os cursos para assentados funcionam em condições especiais e suas vagas só podem ser ocupadas por estudantes indicados por comunidades rurais, desde que apresentem atestado do Incra comprovando seu vínculo com a reforma agrária.Esses estudantes não enfrentam os vestibulares comuns. Não ingressam no ensino universitário por mérito, mas por indicação. E têm um calendário escolar diferenciado, que lhes permite conciliar atividades acadêmicas com atividades no campo. A maioria também conta com alojamentos especiais e uma ajuda de custo mensal de R$ 300. Têm privilégios que os outros brasileiros, ricos ou pobres, não têm - simplesmente porque estão alistados no MST.Cursos de formação técnica para assentados são, decerto, importantes para viabilizar a reforma agrária. Mas a transferência de verbas públicas para entidades sem personalidade jurídica, como o MST, gerirem programas educacionais de nível superior, exclusivos para seus integrantes, é uma aberração. O sistema de ingresso nos cursos, por exemplo, determina o baixo rendimento do ensino. Daí, conselhos profissionais resistem em conceder registro aos bacharéis egressos de cursos para assentados. Na cidade gaúcha de Pelotas, a criação do primeiro curso de medicina veterinária para assentados da reforma agrária foi questionada judicialmente pelo Ministério Público Federal, sob a alegação de que viola o princípio da igualdade no acesso ao ensino público. "O assentado não constitui nenhuma categoria jurídica à parte que justifique a criação de cursos exclusivos. Trata-se de um privilégio", diz o procurador Max Palombo, cuja iniciativa foi apoiada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul. Outra crítica diz respeito ao enviesamento ideológico desses cursos. Só professores afinados doutrinariamente com movimentos sociais são convidados para lecionar. Com isso, em vez de oferecer formação técnica de qualidade para assentados, esses cursos visam à doutrinação, formando os militantes políticos do MST. Ao tentar refutar essa crítica, a pedagoga Maria Cristina Vargas, da coordenação nacional do MST, na prática a confirma. "Como todos os cursos da área rural são voltados para as necessidades dos grandes proprietários, nós queríamos algo mais focado nas necessidades da pequena propriedade."Esquece-se que o agronegócio, principalmente no Sul do País, é baseado na pequena propriedade que obtém altos índices de produtividade porque conta com a assistência de técnicos formados nas escolas tradicionais.O desvirtuamento do Pronera é flagrante e o dinheiro gasto com ele seria mais bem aplicado na expansão dos tradicionais programas de extensão rural, que realmente qualificam o trabalhador rural e que sempre deram bons resultados.

sábado, 26 de julho de 2008

Evite ser traído (ARNALDO JABOR)

Para as mulheres, uma verdade! (para os homens a realidade). Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos. Mas o que seria uma 'mulher moderna'?
A principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e de correr pros seus braços... É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer... Assim, após um processo 'investigatório' junto a essas 'mulheres modernas' pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) 'corno', ao menos que:
- Nunca deixe uma 'mulher moderna' insegura. Antigamente elas choravam. Hoje elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.
- Não ache que ela tem poderes 'adivinhatórios'. Ela tem de saber da sua boca o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.
- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que duas vezes por semana, três vezes então, é assinar atestado de 'chifrudo'. As 'mulheres modernas' dificilmente andam implicando com isso, entretanto, elas são categoricamente 'cheias de amor pra dar' e precisam da 'presença masculina'. Se não for a sua meu amigo...
- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar prá aquele ex bom de cama é grandessssimo.
- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As 'mulheres modernas' têm um pique absurdo em relação ao sexo e, principalmente dos 22 aos 62 anos, elas pensam, e querem fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)... Bom, nem precisa dizer que se não for com você...
- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso...
- Seja muito carinhoso, sempre. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher nas nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é ????
- Nem pense em provocar 'ciuminhos' vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres .
- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo a um 'chifre' tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS 'comedor' do que você... só que o prato principal, bem... dessa vez é a SUA mulher.
- Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar.... já foi.
- Tente estar menos 'cansado '. A 'mulher moderna' também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - 'dar uma', para depois, virar de lado e simplesmente dormir.
- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em 'baladas', 'se pegando' em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de é sentir falta disso então imensa. A 'mulher moderna' não pode sentir falta dessas coisas... senão...

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão 'quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência'. Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está prá peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas 'mancadas'.. . Proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele 'bonitão' que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!! 'Quem não se dedica, se complica!'

Lei seca no trânsito (DRÁUZIO VARELLA)

GOSTO DE BEBER, e confesso sem o menor sentimento de culpa. Álcool, de vez em quando, em quantidade pequena, dá prazer sem fazer mal à maioria das pessoas. Aos sábados e domingos, quando estou de folga, tomo uma cachaça antes do almoço, hábito adquirido com os carcereiros da antiga Casa de Detenção. Difícil é escolher a marca, o Brasil produz variedade incrível. Tomo uma, ocasionalmente duas, jamais a terceira. Essa é a vantagem em relação às bebidas adocicadas que você bebe feito refresco, sem se dar conta das conseqüências. Cachaça impõe respeito, o usuário sabe com quem está lidando: exagerou, é vexame na certa.Cerveja, tomo de vez em quando. O primeiro gole é um bálsamo para o espírito; no calor, depois de um dia de trabalho e horas no trânsito, transporta o cidadão do inferno para o paraíso. O gole seguinte já não é igual, infelizmente. A segunda latinha decepciona, deixa até um resíduo amargo; a terceira encharca.Uísque e vodca, só tenho em casa para oferecer às visitas.De vinho eu gosto, mas tomo pouco, porque pesa no estômago. Além disso, meu paladar primitivo não permite reconhecer notas de baunilha ou sabores trufados; não tenho idéia do que seja uma trava sutil de tanino, nem o aroma de cassis pisado, nem o frescor de framboesas do campo. Em meu embotamento olfato-gustativo, faço coro com os que admitem apenas três comentários diante de um copo de vinho: é bom, é ruim, e bebe e não enche o saco.Feita essa premissa, quero deixar claro ser a favor da chamada lei seca no trânsito.Sejamos sensatos, leitor, tem cabimento ingerir uma droga que altera os reflexos motores, o equilíbrio e a percepção espacial de objetos em movimento e sair por aí pilotando uma máquina na qual uma pequena desatenção pode trazer conseqüências fúnebres?Ainda que você não seja ridículo a ponto de afirmar que dirige melhor quando bebe, talvez possa dizer que meia garrafa de vinho, três chopes ou uísques não interferem na sua habilidade ao volante.Tudo bem: vamos admitir que, no seu caso, seja verdade, que você tenha maior resistência aos efeitos neurológicos e comportamentais do álcool e que seria aprovado em qualquer teste de resposta motora.Imagino, entretanto, que você tenha idéia da diversidade existente entre os seres humanos. Quantas mulheres e quantos homens cada um de nós conhece para os quais uma dose basta para transtorná-los?Quantos, depois de duas cervejas, choram, abraçam os companheiros de mesa e fazem declarações de amizade inquebrantável? Está certo permitir que esses, fisiologicamente mais sensíveis à ação do álcool, saiam por aí colocando em perigo a vida alheia?Como seria a lei, então? Deveria avaliar as aptidões metabólicas e os reflexos de cada um para selecionar quem estaria apto a dirigir alcoolizado? O Detran colocaria um adesivo em cada carro estabelecendo os limites de consumo de álcool para aquele motorista? Ou viria carimbado na carteira de habilitação?Talvez você possa estar de acordo com a argumentação dos advogados que defendem os interesses dos proprietários de bares e casas noturnas: "A nova lei atenta contra a liberdade individual".Aí, começo a desconfiar de sua perspicácia. Restrições à liberdade de beber num país que vende a dose de pinga a R$ 0,50? Há escassez de botequins nas cidades brasileiras, por acaso? Existe sociedade mais complacente com o abuso de álcool do que a nossa?Mas pode ser que você tenha preocupações sociais com a queda de movimento nos bares e com o desemprego no setor.A julgar por essa lógica, vou mais longe. Como as estatísticas dos hospitais públicos têm demonstrado nos últimos fins de semana, poderá haver desemprego também entre motoristas de ambulâncias, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, agentes funerários, operários que fabricam cadeiras de rodas, sondas urinárias e outros dispositivos para deficientes físicos.No ano passado, em nosso país, perderam a vida em acidentes de trânsito 17 mil pessoas. Ainda que apenas uma dessas mortes fosse evitada pela proibição de beber e dirigir, haveria justificativa plena para a criação da lei agora posta em prática.Não é função do Estado proteger o cidadão contra o mal que ele faz a si mesmo. Quer beber até cair na sarjeta? Pode. Quer se jogar pela janela? Quem vai impedir?Mas é dever inalienável do Estado protegê-lo contra o mal que terceiros possam causar a ele.

COMENTÁRIO DO BLOG: Acredito ter sido esta a melhor argumentação a respeito da lei seca. Fã que sou do Drauzio Varella, fiquei ainda mais.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

MAC oferece curso gratuito para professores

Estão abertas até o dia 8 de agosto as inscrições para o curso Acervo: Roteiros de Visita, oferecido pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo (USP).
As aulas, destinadas principalmente a professores de arte – e gratuitas aos que trabalham na rede pública –, têm a intenção de estimular a proximidade de docentes e alunos com as obras do acervo do museu.
O curso é composto por 16 encontros, que acontecerão entre 15 de agosto e 28 de novembro. Para quem não for professor da rede pública, o custo é de R$ 50,00.
As inscrições podem ser feitas na secretaria do MAC, que fica na Rua da Reitoria, 109A – Cidade Universitária, São Paulo (SP). As vagas são limitadas.
Mais informações pelo telefone (0xx11) 11 3091-3559 ou no e-mail ceema@usp.br.

USP sedia 1º Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa

A Universidade de São Paulo (USP) sedia o 1º Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa. O evento acontecerá de 1 a 5 de setembro, na capital paulista.
O encontro reunirá outros eventos: o 3º Encontro Anual do Grupo de Pesquisa Mudança Gramatical do Português, o 4º Simpósio Internacional sobre Práticas Escritas na Escola e o 2º Encontro do Grupo de Pesquisa sobre Morfologia Histórica.
Difusão da Língua Portuguesa no Mundo, Unificação da Língua Portuguesa e Literatura: Ensino e Pesquisa serão alguns dos temas discutidos. Mais informações no site www.fflch.usp.br/eventos/simelp.

Microsoft premia Educadores Inovadores

Já estão abertas as inscrições para a terceira edição do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores. O concurso reconhece e valoriza projetos de ensino-aprendizagem realizados por educadores brasileiros. A intenção é fomentar o desenvolvimento de melhores práticas educacionais na rotina diária das instituições de ensino.
Para concorrer, basta enviar o projeto até o dia 8 de agosto. As categorias que participam da premiação são: Aluno Monitor, Gestão Escolar e Tecnologias, Aprender em Parceria e Educador Inovador.
Mais informações, inscrições e o envio dos projetos pelo site www.educadoresinovadores.com.br.

Falta de professores para ensino de música coloca em xeque viabilidade da disciplina

É preciso apenas de um sinal positivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o ensino da música se torne obrigatório nas escolas de educação básica do país. Já aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto atrai uma legião de defensores, mas ainda há pontos que colocam em xeque a viabilidade de implantação. Professores capacitados, infra-estrutura nas escolas públicas, material didático e plano de aula são alguns dos pontos questionados por especialistas da área.

Projeto dá autonomia para que escolas decidam a proposta pedagógica

ESCOLAS NÃO TÊM INFRA
PROFISSÃO: MÚSICO
DIDÁTICO: HISTÓRIA DA MÚSICA
PROFESSORES: PLANO DE AULA


O projeto prevê que as aulas deverão ser ministradas por profissionais com formação específica na área, mas para a professora Cristina Grossi, vice-presidente da Abem (Associação Brasileira de Educação Musical), a carreira não é atraente. "O salário é baixo para uma aula que é desgastante", afirma.Ela conta que os formandos em música têm, hoje, duas opções: seguir uma carreira de musicista ou dar aula em escola técnica ou conservatório. Este mesmo profissional que vai ministrar uma aula no ensino básico, segundo Grossi, deve ter em mente que a abordagem é diferenciada para cada público."Além de ter de entender o universo da educação básica, esse professor pode se deparar com problemas de droga ou de comportamento dos alunos. Os cursos têm que ensinar a lidar com essas dificuldades sociais também. Faz parte da pedagogia", defende.

Situação dramática
Dilvo Ristoff, diretor de Educação Básica Presencial da Capes (órgão que cuida também da formação de professores no país), apresentou recentemente um estudo sobre a dificuldade que as escolas terão para se adaptar à implantação de novas disciplinas obrigatórias, como sociologia e filosofia.Para ele, o ensino de artes como um todo é dramático no Brasil. "Temos 78.740 professores formados e, desses, só 16.678 estão atudando. Precisamos mais que o dobro para cobrir a demanda". Ristoff acredita que falta atratividade na carreira, como bom salário, um sistema de progressão da carreira, ambiente de trabalho agradável e seguro, além da valorização da profissão.
O projeto estabelece um prazo de três anos para que as escolas se adaptem à nova regra. "É preciso de um tempo para a transição maior do que quatro anos, que é o tempo de uma graduação. Se essa lei entra em vigor agora, vai faltar professores e a primeira geração se forma só em 2013. E precisamos levar em conta a evasão dos estudantes durante o curso".

Plano de aula
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da Educação Nacional dá autonomia para que as escolas decidam sua proposta pedagógica, mas para a professora de piano da Faculdade de Música da UnB (Universidade de Brasília) Beatriz Salles, o programa da aula de música deve ser discutido antes de colocar em prática."O tipo de música e de aula é que preocupam. Há grupos que propõem a volta do coral, mas nem todo mundo tem que fazer a mesma coisa", fala. Salles lista uma série de atividades que podem ser desenvolvidas com os alunos. "Você pode trabalhar com coral, perspectiva de audição, vocal, instrumento musical, percussão corporal e até produção de rádio dentro da escola".Segundo a professora, que acompanhou a tramitação do projeto no poder público, as escolas devem reservar um espaço para as aulas. "Pode ser um salão ou um auditório. E tem que estabelecer horário como todas as outras disciplinas porque é curricular. Aula de música é necessário, não é um luxo".

Brasil precisa de 40 vezes mais professores de sociologia para atender nova lei

O Brasil precisa de 15 vezes mais professores de filosofia e 40 vezes mais de sociologia para que todas as escolas de ensino médio passem a ter aulas das duas disciplinas. A obrigatoriedade foi instituída por lei no mês passado, depois de um debate que durou décadas. Estudo feito pelo MEC (Ministério da Educação) mostra a dificuldade que as escolas terão para se adaptar à nova legislação. Além da falta de docentes dessas áreas, há ainda material didático insuficiente e poucos estudos sobre um currículo atual de sociologia e de filosofia. Hoje, o país tem 20.339 professores de sociologia atuando nas escolas; no entanto, só 12,3% deles (2.499) são licenciados na área. O restante se graduou em áreas como história, geografia e português. Em filosofia, o número atual é de 31.118, sendo 23% (7.162) com a licenciatura específica. Isso porque há estimativas de que 17 Estados já tenham aulas dessas disciplinas em pelo menos um ano do ensino médio. Segundo o estudo do MEC, a demanda em cada uma das disciplinas é de 107 680 professores. O levantamento mostra também que a quantidade de graduados nas duas áreas nos últimos cinco anos, independentemente da opção por dar aulas ou não, está longe de cobrir o déficit. Foram cerca de 14 mil em filosofia e 16 mil em sociologia. "Não haveria professor suficiente nem para ter apenas um por escola", diz Dilvo Ristoff, autor do estudo e diretor de Educação Básica Presencial da Capes/MEC, órgão que agora cuida também da formação de professores no País. São 24 mil escolas de ensino médio no Brasil. A lei de junho retificou essa decisão e exigiu que sociologia e filosofia integrassem o currículo dos três anos do ensino médio, o que complicou mais ainda a situação.

Seminário vai discutir o vestibular na atualidade

O Ibmec São Paulo realizará na próxima segunda-feira, dia 28/07 o "Seminário sobre Vestibular", que terá a participação de representantes de algumas das principais comissões de vestibulares do país.
Entre os objetivos do seminário estão a discussão de novos modelos de processo seletivo para ingresso no ensino superior, o papel do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o preparo dos candidatos e o impacto do vestibular no ensino médio.
Participarão do evento, além da comissão do vestibular do Ibmec São Paulo, representantes da Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
A primeira parte do seminário, durante o período da manhã, será dedicada à discussão sobre novas iniciativas de processos seletivos e ao papel do Enem e do Vestibular como indicadores de desempenho.
À tarde o professor Dalton Andrade, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) especialista em métodos estatísticos para avaliação educacional, fará uma palestra sobre Teoria de Resposta ao Item, metodologia que serviu como base para a criação de indicadores como o próprio Enem e o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
No último painel do seminário haverá uma mesa-redonda com diretores de colégios e cursinhos sobre o impacto do vestibular no ensino médio e o preparo dos candidatos para os processos de seleção.

Bolsas de pós-graduação exigem dedicação exclusiva

Estudar ou trabalhar? Esta pergunta passa pela cabeça da maior parte dos estudantes de pós-graduação que recebem bolsa-auxílio para cursos de mestrado e doutorado. O motivo é que as duas principais instituições de fomento à pesquisa no Brasil - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - exigem dedicação exclusiva à pesquisa para conceder as bolsas.
A justificativa é de que, com a atenção dos alunos focada somente no desenvolvimento dos projetos, o rendimento do bolsista tende a ser maior, por isso a exclusividade exigida pelas duas entidades. Há exceções, como no caso de atividade didática remunerada em universidade pública. As aulas, neste caso, desde que se relacionem com a pesquisa, servem de prática para a docência.
Quem resolve correr o risco, pode se dar mal. Caso seja descoberto, o bolsista perde o auxílio. Outra punição pode ser a devolução dos valores pagos pelas agências de fomento.
Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a jornalista Ana Esteves contou com auxílio de uma bolsa do CNPq para concluir a pesquisa. O auxílio para a exclusividade na época que Ana cursou o mestrado era de R$ 850, reajustado para R$ 900 durante os estudos. "Eu conseguia pagar as contas mensais, mas não havia possibilidade de fazer uma poupança, por exemplo", destaca.
Conforme Ana, o aluno que recebe uma bolsa deve se dedicar a publicar artigos, aprofundar leituras e a ensinar. "É quase um funcionário da universidade, sem carteira assinada", explica. Ela acredita que a exclusividade deveria ser melhor remunerada para atender às exigências da pesquisa e ainda garantir a qualidade de vida do estudante. "Não considero R$ 900 um valor alto. Muitas vezes precisávamos comprar livros e participar de congressos e seminários. Poderia, por exemplo, haver uma flexibilização. Permitir que estudantes com meio turno livre trabalhassem", afirma.
O CNPq oferece várias modalidades de bolsas aos alunos do ensino médio, graduação, pós-graduação, recém-doutores e pesquisadores já experientes. As bolsas são divididas em duas categorias principais: bolsas individuais no País e no exterior, e bolsas por cota. Os valores pagos dependem do tipo da bolsa. Para mestrado, a bolsa é de R$ 1,3 mil, enquanto que para financiar um projeto de doutorado o CNPq concede R$ 1,8 mil. Já a Capes oferece R$ 1,13 mil para mestrado e R$ 1,67 mil para doutorado.

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Os reis da especialização

Aos 16 anos, ela passou em primeiro lugar para o curso de Administração da Universidade Federal de Uberlândia. Antes mesmo de o curso acabar, ela foi para o exterior estudar inglês. Aos 20 anos, assumiu uma empresa da família e, para desempenhar bem este papel, ingressou em um MBA em Finanças e Planejamento Empresarial, curso que durou dois anos. Não satisfeita, a administradora Janaína Siegler Marques Batista investiu em duas especializações em Cosmetologia — ramo de seu negócio. Ela, entre outras centenas de profissionais, faz parte daquele time que persegue titulações para garantir o desempenho e o sucesso na carreira.
“Foi um em seguida do outro. Um desses cursos eu fiz em São Paulo, o que exigiu muita vontade de minha parte, pois eu já tinha dois filhos pequenos e precisava viajar todos os fins de semana. Foi um investimento em tempo, dedicação e dinheiro”, disse Janaína. Com mais de 10 anos na área de estética e com o novo curso de graduação implantado por uma das universidades da cidade, ela começou a dar aula, o que durou quatro anos. “Com essa experiência senti uma certa dificuldade em entender a relação professor-aluno. Então fiz uma especialização em Docência no Ensino Superior durante um ano e meio e, paralelamente, comecei uma especialização em Gestão de Pessoas. Ao mesmo tempo, cheguei a dar aula na faculdade, fazer dois cursos, cuidar da empresa e dos filhos.”
Hoje, aos 32 anos, ela cursa o último ano do mestrado na USP de Ribeirão Preto e não pensa em parar. Ela garante que está cheia de energia e que o próximo passo é a matrícula no doutorado.

Diversidade
A fisioterapeuta Janaína da Costa também nunca ficou sem estudar desde que saiu da faculdade, em 2001. Para ela, manter-se atualizada, por dentro das novidades do mercado, principalmente na área de saúde, em que atua, é fundamental. Logo em 2002, no mês seguinte à sua formação, ingressou em uma especialização em Acupuntura. Ela disse que busca novos cursos, porque a Fisioterapia tem um leque muito grande de opções que podem ser oferecidas ao paciente. Em 2003, a matrícula foi em uma pós-graduação em Musculoesquelética. O curso foi em Ribeirão Preto, onde Janaína também fez, no mesmo ano, pós em Ergonomia. “Escolho a especialização de acordo com as minhas necessidades. Elas aparecem enquanto vivo o cotidiano da profissão e percebo, por meio dos meus pacientes, que fiquei limitada em certo aspecto”, disse.
Hoje, a fisioterapeuta está concluindo mais uma pós-graduação, em Terapia Manual e Postural, iniciada em 2007, e já está de olho no curso mais falado de sua área: o de Microfisioterapia.

Títulos de reconhecimento
Guilherme Puga é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Uberlândia, especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Veiga de Almeida (RJ), mestre em Educação Física (UCB-DF) e atualmente é professor-assistente de pesquisa na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Guilherme formou-se em 2000. Quatro anos depois buscou sua primeira especialização. “Juntamente com o início da especialização, fui aceito como aluno especial num mestrado na Unesp (Rio Claro) para fazer três disciplinas. Após sete meses, no início de 2005, fui convidado por um professor a prestar o mestrado na UCB-DF. Prestei e passei com bolsa da Capes”, disse.
Além disso, durante o mestrado, o grupo de pesquisa de Guilherme teve três trabalhos aprovados para apresentação no Congresso Europeu de Ciências do Esporte, em Lausanne, na Suíça, onde ele os foi apresentar. Entre idas e vindas, antes de defender seu mestrado, ele prestou um concurso para professor-substituto na UFU e passou, o que o fez retornar para Uberlândia, para a mesma instituição onde havia se formado. Ele conta que, durante o mestrado, fez vários contatos com professores e alunos de pós-graduação em todo o Brasil e até mesmo no exterior. Por meio de um desses contatos, foi convidado para ficar seis meses como professor assistente de pesquisa na Arizona State University, em Phoenix, Arizona (EUA). “Após esses seis meses, renovaram meu contrato por mais um ano, e com grande possibilidade de fazer o PhD nos Estados Unidos.”

COMENTÁRIO DO BLOG:
Em qualquer área, manter-se atualizado é fundamental...mas para os professores isso é questão de sobrevivência. Como manter uma classe interessada sem um bom e variado arsenal?

Governo cria grupo para propor mudanças na profissão de jornalista

Grupo terá representantes do ministério, da categoria e das empresas de jornalismo.

O Ministério do Trabalho instituiu nesta sexta-feira (25) um grupo de estudos para apresentar mudanças na regulamentação da profissão de jornalista. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União" e assinada pelo ministro Carlos Lupi. O grupo de estudos, de acordo com o DOU, será composto de três representantes do ministério, três da categoria profissional e três das empresas de jornalismo. Os integrantes serão indicados por entidades do setor. Os integrantes terão 90 dias a partir do início dos trabalhos para apresentar sugestões, que podem passar por alterações na legislação, em um relatório final.

COMENTÁRIO DO BLOG
Taí pessoal, algo que eu realmente quero ver pra crer! O currículo de jornalismo está defasado há anos, perde-se muito tempo com disciplinas básicas, não sobrando tempo para disciplinas que realmente estão inseridas na vida do jornalista de hoje. Para se ter uma idéia, 90% dos jornalistas que saem das faculdades não conseguirão o sonhado emprego em grandes redações de jornais, revistas de circulação nacional e muito menos em grandes redes de televisão. Eles encontrarão espaço em empresas como assessores de imprensa ou em entidades como assessores culturais. O problema é que eles não se preparam para essa realidade, eles aprendem a escrever grandes matérias, mas não sabem escrever uma nota, um release ou um texto para a internet. Falo por experiência pessoal, e tô realmente torcendo pra isso acontecer! Meire Biudes

Haddad: acordo ortográfico estará em vigor até 2011

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou na sexta-feira (25/07) em Lisboa que o acordo ortográfico da língua portuguesa deverá estar implantado no Brasil até 2011.
No início da 7ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Haddad apontou o acordo como uma peça-chave da cooperação com os países africanos.
"Estamos tendo conversas informais com grupos editoriais brasileiros, sobretudo os que trabalham com livros didáticos, prevendo um prazo de dois ou três anos (para a implementação do acordo)", disse o ministro.
Segundo ele, a idéia é levar a consulta pública dentro de 30 dias a minuta do decreto presidencial sobre o acordo. "Pretendemos publicar esse decreto presidencial talvez ainda em setembro ou outubro", afirmou.
Segundo o ministro, a grande mudança a partir da unificação do português será política, em relação ao papel que a língua portuguesa tem no mundo.
"A ortografia muda muito pouco. Tanto no Brasil como em Portugal a expectativa é que a adaptação seja relativamente simples. Mas em foros internacionais e sobretudo na CPLP penso que a cooperação vai ser muito promovida. Imagine a dificuldade de uma língua ser (usada) em foros internacionais sem uma ortografia comum."

Mudanças
O acordo consagra mudanças relativamente pequenas. Segundo os linguistas que prepararam o acordo - Antônio Houaiss, pelo Brasil, e João Malaca Casteleiro, de Portugal -, 0,43% das palavras no Brasil e 1,42% em Portugal passarão por mudanças.
Os brasileiros deixam de utilizar acentos em vogais duplas como na palavra "voo", e os tritongos deixam de ser acentuados, como nas palavras "assembleia" ou "ideia".
Os portugueses perdem o "c" em "acto" e "tecto", o "p" em "óptimo" ou "Egipto" e as letras duplas em "connosco" ou "comummente".
No entanto, o acordo mantém divergências: os acentos são diferentes em "Antônio" e "António", "gênero" e "género". Portugal passa a escrever "receção" (com o mesmo som de recessão) em vez de "recepção".
E não há uma unificação da sintaxe e da semântica - em Portugal usa-se a forma "até ao fim" em vez de "até o fim", e costuma-se falar "sabe bem" para dizer que uma comida é saborosa.

Universidade
O ministro disse que uma parte importante da cooperação com os outros países de língua portuguesa será a criação da Universidade Luso-Afro-Brasileira, que deve ter sua sede em Redenção, no Ceará.
"O presidente ontem (quinta-feira) encaminhou ao Congresso Nacional a proposta de criação de uma universidade voltada para os países da CPLP. Vai se chamar Unilab, Universidade Luso-Afro-Brasileira, com o objetivo de criar um ambiente político-pedagógico voltado para a promoção da língua."
"A Universidade Luso-Afro-Brasileira só faz sentido na medida em que todos os países se pronunciem de maneira decisiva sobre o desejo de integração", completou.

» Entenda a reforma ortográfica da língua portuguesa

Encontro avalia a educação superior

Reunindo especialistas mundiais.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MEC
Autoridades e pesquisadores em educação da América do Sul e da Europa são os convidados do Ministério da Educação para refletir, discutir e avaliar o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004. O seminário internacional será realizado em Brasília, de 19 a 21 de agosto.
Organizado pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), que é o órgão de supervisão do sistema, o seminário vai patrocinar a vinda a Brasília dos presidentes dos 27 conselhos estaduais de educação para discutir a educação superior nos estados, instância que supervisiona as instituições estaduais e municipais de educação superior. O objetivo do convite, explica o assessor da Conaes Luiz Roberto Rodrigues Martins, é fortalecer a aproximação do MEC com os estados, iniciada com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e com as caravanas da educação básica, em 2007.
Participarão do seminário 250 convidados que representam as instituições de ensino superior, públicas, privadas e filantrópicas, professores, estudantes, educadores, pesquisadores e o Ministério da Educação. Além de conferências e mesas-redondas, os convidados vão participar de grupos de trabalho sobre quatro temas: auto-avaliação, avaliação externa das instituições, avaliação dos cursos e o Exame Nacional de Avaliação de Desempenho de Estudantes (Enade).
Do exterior, vêm um representante da Inqaahe, que é uma rede internacional de garantia da qualidade das agências que atuam na educação superior, em atividade em todos os continentes; da Enqa, que é uma associação européia de garantia da qualidade da educação superior; a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), instituição de integração que reúne 12 países sul-americanos; e o Sistema Mercosul, que abrange os países do bloco e associados.
Dados da Conaes indicam que o sistema de educação superior brasileiro é composto por 2.600 instituições públicas, privadas, comunitárias e sem fins lucrativos. As instituições públicas federais, estaduais e municipais atendem 20% dos estudantes; e 80% dos alunos estudam em instituições de ensino superior particular, comunitária ou sem fins lucrativos.
Veja a programação completa.